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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Violados pelo BBB

O ano começou bem?

No primeiro mês já pudemos acompanhar a indignação de milhares de pessoas ao assistirem de madrugada o BBB e perceberem que uma garota estava sendo "violada" por um rapaz dentro da casa.

A partir dessa cena a GLOBO fez muito dinheiro, a Record correu atrás aproveitando a oportunidade para também ganhar muito dinheiro e o público para se manifestar e interferir como nunca haviam interferido naquilo que consumiam...

Discutiu-se de tudo.. Globo culpada? Sociedade ditatorial? O cara é um marginal?

Discussões essas já esquecidas diante de um fato que deveria ser melhor analisado. As pessoas se prenderam ao acontecimento em vez de pensar no emissor de tudo aquilo e como aquilo foi parar na casa delas? Por que elas estão assistindo a tudo isso? Por que estão pagando por tudo aquilo?

Pouco foi falado no Estatuto da Televisão criado há anos e nunca atualizado e tampouco seguido.

Quase não ouvimos que na verdade deveríamos ter um órgão do governo gerenciando todo o conteúdo antes dele ir para o ar. 

Alguém realmente para distinguir, o que é bom e o que é ruim aplicando a política da comunicação de acordo com os objetivos que ela foi criada.

O certo não é montar um órgão que dite à sociedade o que ela deve ou não assistir. Hoje a partir das novas tecnologias, o telespectador escolhe realmente o que lhe entretém; mas sim, usar de um grande veículo de massa para fomentar a Cultura e Educação. 

No fundo, o telespectador se sente realizado em mudar o rumo da história, às vezes indignado, frustrado, poderoso... E no fim das contas, ele mesmo paga seus sentimos e enriquece uma indústria que o estupra a partir de imagens...

Acho que o estupro não está dentro da casa e sim, na emissão da mensagem ao atingir o telespectador... A diferença é que ele não consegue enxergar a si mesmo, e sim os outros.

Por que ele não se observa?

Um comentário:

  1. sobre esse caso também defendo a tese de que a Globo gostou e se beneficiou com o tal estupro (se é que foi por acaso). A estratégia foi usar o termo estupro, já que o BBB chegou no ponto em que a baixaria foi praticamente incorporada e algo precisava inovar, e sabemos como o povo adora polêmicas, especialmente com um tom policial. E sobre o Estatuto da TV nem sabia que ele existia, que coisa hein?

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