Quando estava na faculdade, produzi com meus amigos um documentário sobre a busca e criação de identidade dos jovens baseada na televisão. Tendo a MTV como uma das emissoras que mais produz conteúdo para o público de faixa etária entre 14 a 18 anos, entevistamos a Soninha Franscine ( ex-VJ ) que nos disse a seguinte frase:... compre, compre, compre, compre para ser alguém, compre ...! Se referindo aos diversos tipos de publicidade na TV.
Hoje vivemos em uma cultura totalmente influenciada pelo consumo. Seja qual for o meio de comunicação no qual a publicidade esta sendo veiculada, ela nos afeta e cria afeto. A propaganda vem se tornado cada vez mais emotiva. O "compre para ser alguém" vem sendo praticado de forma exaustiva. A população que antes buscava saciar seus desejos e crescimento pessoal em experiencias vivenciadas de forma empirica, substituiu o "conhecimento", sonhos, gostos... por imagens, tendo como consequencia a construção de uma sociedade moldada, superficial, de identidade generalizada, se tornando cada vez mais "massa".
De forma cega construimos uma cultura na qual nosso padrão de beleza é a modelo, o sonho da casa própria é o báu da felicidade, viver a vida é visa! Para ser um jogador de futbol: Nike.
E seguimos essa linha de raciociono a fim de que essa nossa busca e construção do EU seja realizada pela marca consumida. Com o tempo, sem percebemos, somos mershandising humanos dependentes daquilo que vemos e usamos.
O afeto chega a ser tão grande que nos tornamos "love makes" e uma vez dependentes, cada vez mais exigentes e insaciáveis.
Acompanhando o ritmo de compra, a publicidade se agregou a Internet desenvolveu sites, banners, pop-up, e-commerce. E sendo um dos maiores meios de comunicação no qual o usuário tem a possibilidade de criar o @de si mesmo e fazer parte de comunidades que agregam esses valores vendidos. Os usuarios aproveitam dessa ferramenta para expressar seus sentimentos dominados e dependentes.
Logo, os Love makers, a massa, se juntam em diferentes grupos de identificação criando um poder de barganha sobre determinado desejo. A comunidade passa então a ser um meio de troca de informações seja de elogios, compartilhamento de experiencias com determinado produto, criticas, permitindo, por um lado, que o empresário conheça mais os seus clientes.
Quanto mais se conhece, mais facil fica de atingir e saciar esse vicio pelo prazer vendido. Caso haja insatisfação de consumo, o fornecedor perdeu dinheiro e tempo na fabricação, caso haja elogios, as comunidades se tornam a favor e o proprio usuário passa a vender o produto aos outros integrantes.
Sendo assim, nos tornamos Love Makers cada dia mais, dependentes daquilo que vemos e não construímos / descobrimos, formando uma massa de sentimentos generalizados e padrões estéticos fortalecendo e caracterizando uma cultura de consumo totalmente midiática.
.. apenas um ensaio ..
Olha o que ouvi agora a pouco:
ResponderExcluir"O trabalhador se torna tao mais pobre quanto mais riqueza produz... com a valorizacao do mundo das coisas aumenta em proporcao direta a desvalorizacao do mundo dos homens"
Massa: aqueles que tem apenas os meios comunicacao como fonte de informacao
Ju, é isso! Incluo essas palavras no meu TEXTO! Concordo Plenamente!
ResponderExcluirbeijos!